Composto de resíduos de papel e celulose
As empresas de papel e celulose são grandes geradoras de resíduos, tais como “Dregs” e “Grits” oriundos da produção do “Kraft”, a lama de cal e o lodo orgânico, cascas de eucalipto, cinzas proveniente da queima de biomassa nas caldeiras, entre outros.
Pesquisa
Estudos nessa área vêm sendo desenvolvidos de forma que haja a reutilização dos resíduos para a produção de mudas de Eucalyptus sp.. Desta forma, realizou-se a testagem desses substratos obtidos a partir da combinação de compostos orgânicos, originados do processo de fabricação de celulose. Os substratos usados foram formados a partir de 40% de fibras de coco, 30% de esterco curtido, 20% de casca de arroz carbonizado, 10% de vermiculita média e 4 Kg m-³ de adubo de liberação lenta. Já os compostos orgânicos oriundos dos processos da fabricação do papel e celulose foram 58% lodo, 9% de Dregs, 25% de casca de eucalipto, 3,4% de Grits e 4,5% de cinza. Todo o processo da semeadura foi ministrado na Universidade Federal de Lavras, utilizando tubetes de polipropileno de 55 cm³ e bandeja de 96 células.
O experimento foi organizado em delineamento inteiramente ao acaso, com seis tratamentos e cinco repetições, sendo o valor da repetição fruto da média da mensuração de 30 mudas, que foram colocadas alternadamente nas células das bandejas desde a semeadura até o final dos 120 dias previstos do experimento.
A semeadura utilizou aproximadamente oito sementes por tubete. Para realizar a proteção da semente foi utilizada palha de arroz carbonizado. O experimento ficou 30 dias em casa de sombra com irrigação automática de 0,44L m-2 a cada hora, sendo que em três semanas após a germinação foi feito o raleio, assim permanecendo os indivíduos mais saudáveis. Logo em seguida os mesmo indivíduos foram postados em um viveiro em pleno sol com um sistema de irrigação de 4,3L m-2 três vezes ao dia, nessa etapa teve inicio a adubação de macro e micro nutrientes.
As mensurações a fim de aferir o crescimento das mudas foram a altura, diâmetro do colo. As medidas de altura foram realizadas nos 30ª, 60ª, 90ª e 120ª dia após a semeadura, o diâmetro do colo foram aferidos 60ª, 90ª e 120ª dia também após a semeadura, todos os dados foram tratados pelo software R com 0,05 de significância.
Resultados
Ao termino dos 120 dias após a semeadura, observou que os tratamentos onde apresentaram mudas com médias de altura foram com 40% de substrato base e 60% composto orgânico e 20% substrato base e 80% composto orgânico.
Contudo pode-se observar que as mudas de Eucalyptus “erograndis” quando produzidas em substratos de compostos orgânicos provenientes de resíduos da fabricação de papel e celulose nas proporções 40:60 e 20:80, mostrou-se ser mais eficiente.