Geopolítica do estado Вrasileiro
Com um tom futurístico, Meira Mattos projeta, a partir do conceito da Geopolítica, o pleno desenvolvimento Pan-amazônico, bem articulado, entre os modais de transporte e um espírito harmônico entre os governos signatários do Pacto Amazônico, visando os bons exemplos de ocupação, como nos EUA, União Soviética e Austrália, mas, sobretudo, mantendo a consciência ecológica.
Apreciação
As abordagens apresentadas pelo General Meira Mattos no livro, são frutos de uma visão expansionista técnica, científica e política de valor neoliberal e proposta de um desenvolvimento sustentável. O ideal para um futuro promissor, sob tutela do governo brasileiro, não se concretizou completamente, embora tenha-se registrado um crescimento populacional a três por um referente ao final dos anos de 1970 ao início de 2000. O fato é que as iniciativas do governo para região sempre foram por parte. Enquanto a Zona Franca de Manaus gera um superavit para a receita nacional, boa parte é escoada pela falta de transporte que outrora fora idealizada no Pacto Transamazônico. Com isso, entende-se que mesmo gerando algum lucro, as vantagens poderiam ser bem maiores, haja vista que um melhor resultado é influenciado diretamente pela logística e que recai no produto final.
Dentro da escala da Geopolítica Pan-amazônico, o Brasil mantém sua dianteira no que se refere à liderança na região. Entretanto, ao longo dos anos, tem surgido neste espaço bases internacionalizadas, as chamadas Organizações não-governamentais (ONGs) desfigurando a proposta do Tratado de Cooperação Amazônica. As ONGs têm levado à comunidade internacional a configuração da região sofrida pelos impactos antrópicos no meio ambiente e em relação aos indígenas, contrabando e narcotráfico conflagrando, assim, o interesse em pôr em questionamento o Poder Nacional na região.
É fato que a imensidão dificulta o monitoramento, sobretudo o governo federal tem tomado suas providências, por intermédio do Ministério do Meio Ambiente e o Ministério da Defesa no sentido de coibir por meio de programas de monitoramento, mapeamento e sistema de vigilância qualquer ato que agrida de forma significativa a natureza e a segurança na Amazônia. Além disso, há o engajamento das Forças Armadas, Polícia Federal e Ibama. Muito além do que se imaginava, desde os primeiros desbravadores, das articulações do Marquês de Pombal e de Castelo Branco e das demarcações daquilo que parecia ser impenetrável, a missão de gerir um espaço de valor continental, é um privilégio. Requer o desafio de transformá-lo em espaço econômico sustentável, associado à imaginação, criatividade, força e técnica que necessita e merece essa terra próspera chamada Brasil.